quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Marlos Nobre - Homenagem a Arthur Rubinstein

Arthur Rubinstein (1887-1982) viveu bastante né?



Polonês e judeu, foi um grande pianista! Suas interpretações de Chopin e Brahms são maravilhosas! Em sua homenagem, o compositor brasileiro Marlos Nobre, natural de Recife, (1939- vivo!!!) escreveu a peça Homenagem a Arthur Rubinstein op.40.
Essa peça foi uma encomenda para o Concurso Rubinstein International Master Competition em Israel. A estréia aconteceu dia 17 de maio de 1974 em Roma com Roberto Szidon ao piano. Depois de receber uma cópia da peça o próprio Rubinstein disse: "Eu estou encantado com essa obra. é maravilhosamente escrita para o piano, o que é raro entre os compositores contemporâneos".




Bem performático, não?


sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Quando tudo era mais fácil...

Claro que quando crianças tínhamos pequenas preocupações e não digo que não eram importantes e essenciais para nosso crescimento como ser humano naquele momento da vida, mas não tinham a real importância do tipo de preocupação que temos hoje.
Uma vez, ouvi a mestra Marisa Lacorte dizer: A sina da vida é esquecer-se.
Ela está coberta de razão! Tento pensar sobre isso todos os dias; porque eu escolhi fazer música?
Porque dentro de mim sempre houve uma inquietação pelo fazer musical que me fez conhecer tantos diferentes instrumentos e formações musicais?
Porque eu amo música e preciso dela para sentir-me plena. A música é para mim como um combustível da alma, ela preenche o meu ser.


Sim, hoje ela também é o meu trabalho mas tento sempre estar atenta em relação ao intuito de fazer música e não somente tocar piano pois são duas coisas completamente distintas...
Coloco abaixo um poema de Fernando Pessoa no seu heterônimo Alberto Caeiro que define essa percepção da vida:

    O meu olhar é nítido como um girassol.
    Tenho o costume de andar pelas estradas
    Olhando para a direita e para a esquerda,
    E de vez em quando olhando para trás...
    E o que vejo a cada momento
    É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
    E eu sei dar por isso muito bem...
    Sei ter o pasmo essencial
    Que tem uma criança se, ao nascer,
    Reparasse que nascera deveras...
    Sinto-me nascido a cada momento
    Para a eterna novidade do Mundo...

    Creio no mundo como num malmequer,
    Porque o vejo. Mas não penso nele
    Porque pensar é não compreender...


    O Mundo não se fez para pensarmos nele
    (Pensar é estar doente dos olhos)
    Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...


    Eu não tenho filosofia; tenho sentidos...
    Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
    Mas porque a amo, e amo-a por isso
    Porque quem ama nunca sabe o que ama
    Nem sabe por que ama, nem o que é amar...


    Amar é a eterna inocência,
    E a única inocência não pensar...



quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Banda Marcial do Centro Educacional São Carlos

Nossa, como eu fui uma criança feliz!!! hahaha
Essa foto, ainda no Centro Educacional São Carlos, foi para uma reportagem de uma revista local do ABC. Chamava-se Livre Mercado.
Na época, eu tocava Melofone. Ou melhor, eu enrolava Melofone!!!
Tenho 2 histórias super engraçadas dessa época!
Uma vez, a Banda foi chamada pra tocar na praça da Paróquia São João Batista em São Bernardo do Campo pra inauguração de alguma coisa, nem me lembro o que! Só me lembro que em todas as apresentações o maestro da nossa banda sempre chama uns "músicos contratados" pra dar aquela enxertada na pequena bandinha. (Sim, éramos só esses da foto!)
Infelizmente não foi o que aconteceu dessa vez! Quando eu percebi, já estávamos em formação para tocar e só havia eu de melofone! ahahahahahahahaha
Com muita honestidade eu não tocava absolutamente nada de Melofone! Male male eu sabia fazer a escala!
Então, o maestro Ederlei anunciou o nome da próxima música que apresentaríamos: Esporte Espetacular. NÃO!!!!!!!!!!!!! essa música tinha solo de melofone! Eu já havia combinado com meu irmão que quando ele percebesse que eu não ia conseguir tocar, era pra ele tocar e eu dublaria... até aí, perfeito!
hãn...
De repente, no meio da música, eu dublando direitinho, apertando os pistos e tudo mais chega perto de mim um bêbado! Mas bem bêbado mesmo e fica olhando bem de pertinho o que eu estava fazendo. Aí, do nada no meio da música ele começa a gritar: -Ela não tá tocando porra nenhuma!!!
Ela não tá tocando! Ela tá so dublando! Não tá saindo som!!!
afffeee Bêbado desgraçado!
rsrsrs Será que ele tocava Melofone? Sempre me pergunto isso!!!


A segunda história dessa época, é uma estória e na verdade aconteceu com o Diego, meu irmão.
Quem já tocou em Bandas e Fanfarras sabem que existem concursos e que a coisa é séria! O pessoal não leva na esportiva não! Bom, era concurso de Banda e Fanfarras de São Bernardo do Campo no Ginásio Poliesportivo de SBC. Estávamos nós 3 no estacionamento terminando de arrumar a farda quando o Diego chega em mim e diz: -Camila, segura minhas baquetas? (Na época, ele tocava caixa, e tocava bem! rsrs) eu respondi: -Diego, tô ocupada! Eu nem tinha terminado de colocar as ombreiras e dava um trabalho colocar isso! Ele virou pro Danilo e disse: -Danilo, você pode segurar minhas baquetas. O Danilo também respondeu que não, ele também não tinha terminado de arrumar a farda. Então, o Diego, muito esperto, colocou as baquetas no capô de um carro e terminou de arrumar a farda, as ombreiras e o quepe. Quando ele foi pegar as baquetas, o carro que ele tinha usado de apoio tinha ido embora e levado as suas baquetas. AHAHAHAHAHAHA
Faltavam 5 minutos para nossa apresentação e o Diego não tinha baquetas! E pra contar pro maestro da Banda? Lembro até hoje da cara do Ederlei e da resposta: -Se vira! Vai tocar com 2 canetas bic! ahahahahaha
Tempos que não voltam!
Bjs
até!

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Um pouco de piano!!!

Vamos tomar um ar antes de continuar nesses tópicos do fundo do baú.
Coloco pra vocês um vídeo sobre piano, finalmente!
A peça chama-se 3 Micro Peças e o compositor é o brasileiro Ronaldo Miranda.
Eu realmente gosto muito de tocar essa obra. A primeira peça é forte e imperativa. Acho a 2ª peça a mais bonita. Tem toda uma atmosfera mística! A 3ª peça é um scherzino, uma brincadeira.
Enjoy it!!


PS: Não sei porquê mas parece haver um delay entre o som e a imagem... Não sei arrumar.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Fanfarra.

Quem nunca tocou em fanfarra levanta a mão. rs. Uma grande parcela de escolas, por algum período, tiveram apoio do Estado para montar suas bandas e/ou fanfarras e isso aconteceu com a escola em que eu estudava. EEPG Lopes Trovão (Escola Estadual de Primeiro Grau Lopes Trovão).
Lembro muito bem da minha empolgação em participar!!! Os ensaios eram aos sábados de manhã. Eu também lembro que quando estava faltando pouco pra apresentação o profº Rogério, filho da diretora da escola, fazia um ensaio técnico e nós saíamos marchando e tocando pelo bairro Parque dos Pássaros em São Bernardo do Campo.
Eu tinha secretamente uma invejinha das balizas da nossa fanfarra... rsrsrs 
Porque elas tinham uma posição de destaque e eu não. :(


mas se eu fosse baliza quem seria chefe de naipe das liras??? Quem??? rsrsrsrs


Eu sou tão pequenininha nessa foto, (cliquem pra ficar maior) e estava no fundo, mas a montagem da fanfarra era assim mesmo. Eu sou a ultima da fila. A lira estava encostada na minha perna, essa era a posição Descansarrrrrr!!!
Vocês acreditam que eu sei a melodia da música que tocávamos na Lira até hoje?


Gente, tocávamos isso 1234567654 vezes!!! Parecia que não ia acabar mais nunca!
PS: A lira só tinha a tríade de dó maior...


Nessa outra foto, o Dieguinho, do outro lado das Liras. Duo Olivenbaum desde crianças! Ahá!

bjs crianças! até o próximo post!


terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Gifts

Esses são alguns presentes e algumas encomendas que ganhei na última viagem do meu esposo.
Vamos começar falando das partituras. Ambas são edições Henle Verlag Urtex mas tem uma diferença incrível na capa, uma é a capa normal que a gente já conhece da Henle, a outra, a mais clarinha, é uma edição capa dura, feita de pano! (Pausa para a expressão de espanto!!!) rs
E o mais bizarro é que quando eu estava orçando o próprio vendedor da loja nos EUA me pediu para encomendar a capa dura da Henle para que ele pudesse conhecer, pois ele também nunca tinha visto! Haha
Outro presentinho foi a caneca preta da Steinway & Sons!!! Adoro tomar café nessa caneca! Me sinto a própria Martha Argerich! (Meu Deus, que absurdo!!! Rs)
Outro presente é um chapeleiro de parede em formato de pentagrama e cada cabide é o final da clave de sol.
Gostaram?
Bjs

domingo, 6 de janeiro de 2013

Tocando Requinta... (parte 2)

Esse será a último post sobre Requinta! Eu prometo! hehehe Encontrei mais algumas fotos e resolvi dividir outros momentos constrangedores da minha infância e adolescência com vocês. 
Começarei o post com uma piadinha: O que é pior que uma Requinta Weril? Duas Requintas Weril!!!
Quando eu comecei a tocar Requinta, utilizava um instrumento emprestado, ele não era meu. Era uma Requinta Weril suuuper antiga... Quando meus pais me deram meu próprio instrumento, adivinhem a marca?
rs
Weril!!!
Esse foi o momento em que eu ganhei a Requinta! na época estava ótimo! Fiquei super feliz com meu instrumento, tenho ela até hoje!

Última foto Requintada: Banda tocando num evento num Ginásio (não me lembro de onde):
Nessa época minha piadinha do inicio do post se tornou verdade. rsrs Na foto não dá pra ver direito, mas o naipe de requintas tinha crescido e eu tinha uma coleguinha tocando junto comigo, a Kellinha.
Pronto, acabou. Não quero falar sobre isso nunca mais! rsrsrs
Só pra dar uma vontade de quero mais vou deixar uma pista sobre o próximo post:
Fanfarra.
Até!
bjs

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Tocando Requinta...

Tocar Requinta não era fácil! rs Além da culpa da desafinação do naipe sempre ser jogada nas minhas costas as clarinetistas também me culpavam por todo e qualquer guincho! Afffeeee Que raiva! Só de lembrar! Existia uma certa rivalidade entre eu e o naipe... rsrs cultivada por mim, claro! hehehe Eu não gostava de sentar perto dos clarinetes. Tinha um naipe próprio e as vezes dividia partitura com o sax-alto! Segue uma pequena amostra dos primeiros anos de requinta. Na foto abaixo tem toda a minha família tocando. (se clicar na foto, ela fica maior) Eu sou a menininha do primeiro banco na direita. O Danilo, meu irmão mais velho, é o trompete de jaqueta amarela do 1º banco. O Dieguinho, meu irmão mais novo, quase não dá pra ver. Ele ainda estava na trompinha. Ele é o segundo da esquerda pra direita no 2º banco. (só da pra ver a cabeça dele). Minha mãe está no segundo banco também. De verde. Ela é a segunda da direita pra esquerda. Meu pai (hahaha) é o trombone que está na extrema esquerda completamente virado de lado menosprezando o maestro, Sr. Armando (in memorian).


Infelizmente de criança tocando requinta, tenho poucas fotos! Era caro o filme, e, em geral pelo menos 3 fotos ficavam ruim... Eu me lembro que meu pai nunca deixava eu tirar foto, mas mesmo assim, as vezes eu tirava e depois ficava torcendo pro meu pai demorar a revelar o filme e descobrir a "arte" que eu havia feito... rsrsrs
Bom, voltando ao assunto requinteiro, colocarei mais uma foto para ilustrar essa época de minha vida:
Essa foto foi em uma viagem para uma cidadezinha do interior. Fomos tocar na inauguração de uma igreja. Se não me engano o nome da cidade era Cabo Verde ( ou Cabo Frio) rsrs eu não sei!
Por essa foto, percebe-se nitidamente o meu desprezo pelo naipe. hahaha
Ultima foto desse post também foi feita nessa viagem a Cabo Frio e Verde hehe. Está fácil de me achar, sou a única da bandinha a olhar para o maestro!
No final dessa viagem aconteceu algo muito engraçado, não sei se pra vocês terá a mesma graça que tem pra mim, mas toda vez que eu penso nisso tenho vontade de rir sozinha! (agora por exemplo rsrs) Alguém resolveu que quando chegássemos em SP, na igreja de onde essa Banda era, iríamos adentrar o lugar marchando e tocando, atrapalhando mesmo, sem pedir licença, sem avisar, solar na pausa... rsrs Isso mesmo que vocês estão pensando, vergonha total!!! Só faltava escolher o que tocaríamos, pois deveria ser de memória, afinal, não dava pra entrar tocando, marchando e segurando estante com partitura. Depois de muito (ou pouco, não me lembro bem) debate escolhemos uma música X. No resto do caminho de volta dentro do ônibus, fiquei passando a melodia em minha cabeça para ter certeza de que sabia a música inteira e me parece que eu fui a única a fazer isso, pois assim que entramos na igreja percebi que todos pararam de tocar e eu era a única de toda a banda tocando sozinha... rsrsrs
Espero que tenham gostado dessas "estórias" musicais.
Até o próximo post!