quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Castelos de Hohenschwangau parte 1

Sábado a noite, dia 23 de fevereiro, pegamos a estrada e literalmente atravessamos a Alemanha para conhecer os castelos de Hohenschwangau. Estávamos em Bonn, a distância percorrida foi de 560km para ir e mais 560km para voltar!!! Detalhe; não pegamos um só pedágio e a rodovia era super bem conservada, a única questão era que estava nevando, portanto a estrada estava com aspecto estranhíssimo, difícil de dirigir mesmo!  Ainda bem que não era eu ao volante, pois a 130km/h o povo passava dando farol pra pedir passagem e nem necessariamente  estávamos na última faixa da esquerda para isso acontecer... Na segunda faixa na extrema esquerda isso também aconteceu conosco! O pessoal corre bem aqui. A média de velocidade é 160km/h. Alguns apressadinhos passavam a 180km/h tranquilamente.




Outro fato interessante é que como a água começa a congelar a temperatura de 0⁰C o líquido que é jogado no parabrisa não é água como no Brasil mas sim uma mistura muito fedida de acetona dissolvida em água.
Dormimos em Kempten (cidade próxima a Hohenschwangau) e quando acordamos a entrada do Hotel estava assim:



E nosso carro coberto por neve! O pobre marido André Olmedija sofreu para limpar nosso carro. Hehehe


Já estávamos bem pertinho da cidade de Hohenschwangau e olho no termostato do carro:



-8⁰C
Nunca senti tanto frio em toda minha vida. Nunca, nunca mais reclamarei do frio do Brasil. Finalmente chegamos na cidade de Hohenschwangau e como praticamente tudo aqui, é proibido tirar fotos dentro dos castelos. (Não, não é possível comprar. É Alemanha, não é Brasil nem Disney... rsrs)

O primeiro castelo de Hohenschwangau foi contruído pelo rei Maximiliano II da Baviera.



Com sua morte em 1864 quem ascendeu ao trono foi seu filho Luis II. Luis foi um grande patrono e admirador de Richard Wagner e adorava a sua Ópera Lorengrin*. O Castelo é cheio de pinturas nas paredes referentes a essa obra e consequentemente ao Santo Graal.
Luis gostava e se importava tanto com Wagner que construiu um quarto de hóspedes para o compositor. Nesse castelo é possível ver a cama em que Wagner dormiu e o piano vertical que ele tocou.
A visita ao castelo é muito interessante; louças, instrumentos musicais, móveis, pinturas nas paredes, tudo de época! Tinha até um pão e um pouco de sal num mostruário que eles juram que é de 1800 e pouco! E que seria um presente das famílias da Baviera. (Como assim? Como conservou? Vaco?)
E o mais legal é que oferecido um guia com audio (estilo de um radio que conforme vamos andando pelos aposentos ele troca a faixa) e é possível escolher o idioma. (Claro que o português será o de Portugal, mas é ótimo e super compreensível).

O caminho para o próximo castelo, Neuschwanstein, pode ser feito de 3 maneiras; andando, de carruagem e de ônibus. Escolhemos andando por 3 motivos, primeiro, estava muito, muito frio e havia uma fila enorme para a Carruagem, ou seja, ficaríamos no frio mesmo, segundo, acho um absurdo com os cavalos, eles não sabem dizem: -Olha, hoje não estou me sentindo bem, não quero puxar a carruagem nesse frio! e em terceiro lugar, a vista do percurso a pé é Maravilhosa!


Agora olhem o Castelo de Neuschwanstein:


Parece um sonho, não? Mas é real! É simplesmente lindo!
Não é a toa que a Disney se inspirou nesse castelo para fazer o Castelo da Bela Adormecida.
O Castelo é um monumento (outro!) a Richard Wagner! Tem Cisne para tudo quanto é lado (não é a toa que o Rei Luis II é conhecido com o apelido depreciativo de Rei Cisne pelos ingleses rsrs), nas louças, nos tecidos dos móveis e cortinas e o próprio nome do Castelo é outra referência a Lorengrin e seu Cisne.
Um das passagens dentro do castelo é uma gruta, pensada tal como a gruta do Anel de Nibelungo e próprio Rei mandou colocar iluminação colorida na Gruta, o que foi um enorme avanço tecnológico na época.





Está ficando muito longo esse post então dividirei em 2 posts!
Küsse!!!
Comentem!



*Lorengrin  aparece para defender a princisa Elsa da falsa acusação de ter matado seu irmão mais novo (que na verdade está vivo). O Santo Graal fornece a Lorengrin, o cavaleiro do Cisne, poderes místicos se sua natureza se mantiver em segredo.





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